VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER
Ela
se viu em meio a um telefonema ameaçador: 'Eu vou aí e quebro sua
cara!' Dizia no outro lado da linha a voz ameaçadora que ligara dizendo
querer esclarecer o assunto...
Qualquer assunto que se preze,
acredito eu, deve primar pelo princípio de que 'em mulher não se bate
nem com uma rosa', ninguém tem o direito de ameaçar ninguém, sem ter a
ciência de que existem leis e há, ainda que distorcida, justiça a ser
efetuada. Caracterizando-se uma violência de gênero. Dentre as
diferentes formas de violência de gênero citam-se a violência
intrafamiliar ou violência doméstica e a violência no trabalho, que se
manifestam através de agressões físicas, psicológicas e sociais.
Na violência intrafamiliar, contra as mulheres e/ou as meninas incluem o maltrato físico, assim como o abuso sexual, psicológico e econômico. A 'Lei Maria da Penha' _ Lei nº 11340/06, de 7 de agosto de 2006 , advém da triste experiência de violência de gênero sofrida "em 1983, pela biofarmacêutica Maria da Penha Maia, mãe de três filhos, levou um tiro nas costas aos 38 anos e ficou paraplégica. O autor do disparo foi o seu marido, o professor universitário Marco Antonio Herredia, que depois disso ainda tentou matá-la outra vez. Ele só foi preso em 2002, após o caso chegar à Comissão Interamericana dos Direitos Humanos da Organização dos Estados Americanos (OEA), e cumpriu dois anos de prisão.Por sua história de luta contra essa forma de violência e contra a impunidade que costuma acompanhá-la, (...), o presidente Lula sancionou a lei que cria mecanismos para coibir a violência doméstica e familiar contra a mulher, batizando-a com o nome de Maria da Penha [...]". (Fernanda Sucupira, membro da ONG Repórter Brasil)
Sim, depois de toda uma historicidade de humilhações, agressões, aviltamentos da mulher, (independente de condições culturais, socioeconômicas), é uma conquista feminina em nosso país. As estatísticas brasileiras sobre a violência física, psicológica, moral é bastante relevante, e no Espírito Santo a situação ganha proporções maiores, segundo dados de estudos sociais. Porém as conquistas do feminismo no país alavancaram discussões importantes que culminaram na já citada 'Lei Maria da Penha' e nas Delegacias de Defesa da Mulher.
Segundo os dados nacionais sobre violência contra a mulher, entre 1980 e 2010 foram assassinadas mais de 92 mil mulheres no Brasil, 43,7 mil somente na última década. Conforme o Mapa da Violência 2012 divulgado pelo Instituto Sangari, o número de mortes nesse período passou de 1.353 para 4.465, que representa um aumento de 230%. Já o Mapa da Violência 2013: Homicídios e Juventude no Brasil revela que, de 2001 a 2011, o índice de homicídios de mulheres aumentou 17,2%, com a morte de mais de 48 mil brasileiras nesse período. Só em 2011 mais de 4,5 mil mulheres foram assassinadas no país. Essas triste estatística representa uma face brutal de uma realidade bastante vergonhosa.
Em contrapartida, a legislação hoje, tenta coibir a ação violenta dos machistas de plantão, que só sabem usar da violência para mostrar que têm poder e agridem física ou verbalmente a mulher amada (ou odiada), a esposa, a noiva, a namorada, a ex, ... revelando que isso resulta em punições legais para o agressor. Sem contar o fato que, aquele que se prevalece de sua força ou poder para oprimir outra pessoa hipoteticamente indefesa, não é digno de ser chamado de ser humano, porque se tivesse de fato humanismo dentro de si, não se prevaleceria de sua força ou de seu poder para aviltar seu próximo, menos ainda quando esse próximo compartilha ou compartilhou com ele uma história, uma vida.
Mas se por um lado existe, no senso comum, o agressor instituído, também existe a agredida, típica 'mulher de malandro', que gosta de apanhar. Isso lembra-me a frase muito popular _ 'eu não sei porque estou batendo, mas ela sabe porque está apanhando.' _ reza o pensamento machista arraigado no pensamento coletivo geração após geração. Mas eu pergunto, até quando isso vai acontecer?
Muitas mulheres se submetem a seus companheiros agressores porque dependem deles financeiramente para a manutenção das necessidades da família, outras têm a dependência emocional em relação ao parceiro, outras, ainda, não tomam quaisquer atitudes em relação companheiro por submissão ou medo das represálias, uma vez que há ainda muitas falhas e brechas na lei e ela corre risco de denunciar seu algoz, ele ser recolhido à delegacia, em pouco tempo ser solto e dela se vingar... A questão é deveras periclitante e requer seriedade por parte de quem faz valer os direitos da mulher em sociedade. Somos frutos de uma educação que ao longo da história e mesmo da construção das civilizações, sempre relegou à mulher a condição de submissão e subserviência ao homem, e isso no decorrer do tempo, criou (pré)conceitos e comportamentos que não cabem mais à nossa realidade atual.
A modernidade e contemporaneidade trouxe ao homem e mulher novos papeis e consequentemente, novos modelos de comportamentos que precisam ser apreendidos, assumidos e praticados, com respeito às diferenças de gênero e aos direitos de cada um(a). E o velho pensamento brutal de que tudo se resolve com pancada é coisa de "primata hominus", não de seres civilizados constituídos para viver em sociedade. E a mulher, empoderada de seu verdadeiro valor, não deve, deixar-se aviltar.
Na violência intrafamiliar, contra as mulheres e/ou as meninas incluem o maltrato físico, assim como o abuso sexual, psicológico e econômico. A 'Lei Maria da Penha' _ Lei nº 11340/06, de 7 de agosto de 2006 , advém da triste experiência de violência de gênero sofrida "em 1983, pela biofarmacêutica Maria da Penha Maia, mãe de três filhos, levou um tiro nas costas aos 38 anos e ficou paraplégica. O autor do disparo foi o seu marido, o professor universitário Marco Antonio Herredia, que depois disso ainda tentou matá-la outra vez. Ele só foi preso em 2002, após o caso chegar à Comissão Interamericana dos Direitos Humanos da Organização dos Estados Americanos (OEA), e cumpriu dois anos de prisão.Por sua história de luta contra essa forma de violência e contra a impunidade que costuma acompanhá-la, (...), o presidente Lula sancionou a lei que cria mecanismos para coibir a violência doméstica e familiar contra a mulher, batizando-a com o nome de Maria da Penha [...]". (Fernanda Sucupira, membro da ONG Repórter Brasil)
Sim, depois de toda uma historicidade de humilhações, agressões, aviltamentos da mulher, (independente de condições culturais, socioeconômicas), é uma conquista feminina em nosso país. As estatísticas brasileiras sobre a violência física, psicológica, moral é bastante relevante, e no Espírito Santo a situação ganha proporções maiores, segundo dados de estudos sociais. Porém as conquistas do feminismo no país alavancaram discussões importantes que culminaram na já citada 'Lei Maria da Penha' e nas Delegacias de Defesa da Mulher.
Segundo os dados nacionais sobre violência contra a mulher, entre 1980 e 2010 foram assassinadas mais de 92 mil mulheres no Brasil, 43,7 mil somente na última década. Conforme o Mapa da Violência 2012 divulgado pelo Instituto Sangari, o número de mortes nesse período passou de 1.353 para 4.465, que representa um aumento de 230%. Já o Mapa da Violência 2013: Homicídios e Juventude no Brasil revela que, de 2001 a 2011, o índice de homicídios de mulheres aumentou 17,2%, com a morte de mais de 48 mil brasileiras nesse período. Só em 2011 mais de 4,5 mil mulheres foram assassinadas no país. Essas triste estatística representa uma face brutal de uma realidade bastante vergonhosa.
Em contrapartida, a legislação hoje, tenta coibir a ação violenta dos machistas de plantão, que só sabem usar da violência para mostrar que têm poder e agridem física ou verbalmente a mulher amada (ou odiada), a esposa, a noiva, a namorada, a ex, ... revelando que isso resulta em punições legais para o agressor. Sem contar o fato que, aquele que se prevalece de sua força ou poder para oprimir outra pessoa hipoteticamente indefesa, não é digno de ser chamado de ser humano, porque se tivesse de fato humanismo dentro de si, não se prevaleceria de sua força ou de seu poder para aviltar seu próximo, menos ainda quando esse próximo compartilha ou compartilhou com ele uma história, uma vida.
Mas se por um lado existe, no senso comum, o agressor instituído, também existe a agredida, típica 'mulher de malandro', que gosta de apanhar. Isso lembra-me a frase muito popular _ 'eu não sei porque estou batendo, mas ela sabe porque está apanhando.' _ reza o pensamento machista arraigado no pensamento coletivo geração após geração. Mas eu pergunto, até quando isso vai acontecer?
Muitas mulheres se submetem a seus companheiros agressores porque dependem deles financeiramente para a manutenção das necessidades da família, outras têm a dependência emocional em relação ao parceiro, outras, ainda, não tomam quaisquer atitudes em relação companheiro por submissão ou medo das represálias, uma vez que há ainda muitas falhas e brechas na lei e ela corre risco de denunciar seu algoz, ele ser recolhido à delegacia, em pouco tempo ser solto e dela se vingar... A questão é deveras periclitante e requer seriedade por parte de quem faz valer os direitos da mulher em sociedade. Somos frutos de uma educação que ao longo da história e mesmo da construção das civilizações, sempre relegou à mulher a condição de submissão e subserviência ao homem, e isso no decorrer do tempo, criou (pré)conceitos e comportamentos que não cabem mais à nossa realidade atual.
A modernidade e contemporaneidade trouxe ao homem e mulher novos papeis e consequentemente, novos modelos de comportamentos que precisam ser apreendidos, assumidos e praticados, com respeito às diferenças de gênero e aos direitos de cada um(a). E o velho pensamento brutal de que tudo se resolve com pancada é coisa de "primata hominus", não de seres civilizados constituídos para viver em sociedade. E a mulher, empoderada de seu verdadeiro valor, não deve, deixar-se aviltar.
Nina Costa, em 03/07/2014
Código do texto: T4868387
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http://www.recantodasletras.com.br/cronicas/4868387