Uma delas é:
O CONSELHOS MUNICIPAIS DA CONDIÇÃO FEMININA
As
mulheres são metade da população do planeta e mãe da outra
metade. Entretanto, esse elevado contingente não é sinônimo de
igualdade.
O
século XX trouxe grandes avanços para as mulheres, mas elas
continuam vivendo um mundo desigual. Devido ao tradicionalismo, não
assumem os mesmos papéis dentro do casamento e muitas vezes são
agredidas por seus próprios companheiros; não encontram as
mesmas oportunidades de trabalho; não têm acesso a serviço de
saúde adequado, sendo ainda elevados os índices de morte
materna.
Esses
são alguns assuntos que não costumam ser prioritários na agenda
política e que se encontram disseminados por toda a sociedade
demandando ação das diversas instituições do Poder Público:
Executivo, Legislativo, Judiciário, níveis federal, estadual e
municipal.
No
município a ação referente às políticas públicas voltadas
para as mulheres pode ser potencializada por meio da criação de
Conselhos Municipais da Condição Feminina.
Quais
são as atribuições e responsabilidades de um Conselho Municipal
da Condição Feminina?
As
mais importantes são:
.
formular políticas relativas à mulher;
.
acompanhar a implantação dessas políticas;
.
encaminhar denúncias de discriminação praticadas contra a
mulher;
.
sugerir a adoção de medidas normativas, com as sanções cabíveis,
que proíbam toda discriminação contra a mulher; e
.
sugerir a adoção de medidas normativas para modificar ou
derrogar leis, regulamentos, usos e práticas que constituam
discriminações contra a mulher.
Como
funciona um Conselho, quem o compõe e quem o dirige?
Como
o próprio nome indica, um Conselho é formado por um corpo de
Conselheiras que funciona como um colegiado indicativo e
deliberativo das ações políticas e técnicas do órgão. Uma
parte dessas Conselheiras (sugerimos 2/3) é representante da
sociedade civil, indicada por entidades não governamentais e
outra, representante do poder público, indicada pelo Governo
Municipal.
Os
Conselhos também devem contar com um corpo técnico que viabilize
a atuação do órgão nas áreas de estudos, pesquisas, documentação,
acervo etc.
Presidindo
o Conselho, escolhida pelo conjunto das Conselheiras e nomeada
pelo Prefeito Municipal.
Como
criar e manter um Conselho?
Os
Conselhos, enquanto instrumentos que viabilizam uma relação
sociedade civil/mulheres/poderes públicos, constituem um dos
frutos mais importantes das lutas dos movimentos de defesa dos
direitos da mulher.
Concebidos
e implantados em alguns Estados e Municípios brasileiros a partir
de 1983, já foram responsáveis por expressivas contribuições
no aperfeiçoamento da democracia em nosso pais. Assim, para a
garantia de sua representatividade e efetividade no combate à
discriminação da mulher, é recomendável que:
1.
Sua criação seja feita mediante Lei Municipal, cuja
propositura seja encaminhada pelo Prefeito/Prefeita;
2.
o projeto de lei resulte de uma ampla discussão com
diversos setores da sociedade civil e movimentos organizados de
mulheres para que reflita, na sua unidade de interesses, a
diversidade das mulheres do Município, por exemplo,
sindicalistas, funcionárias públicas, educadoras, profissionais
liberais, militantes de partidos políticos, grupos de mulheres
negras, grupos e líderes de movimentos de defesa dos direitos da
mulher etc. Pode, ainda, criar uma Comissão Pró-Conselho, que se
extinga com a implantação do próprio;
3.
o corpo de Conselheiras contemple a pluralidade dos
movimentos da sociedade, bem como representantes da área social
do governo Municipal;
4.
a escolha das Conselheiras representantes da sociedade
civil se faça da forma mais democráticas possível, buscando
preservar.
.
a pluralidade, quanto a tendências politico-partidárias, raças
e segmentos sociais.
.
a representatividade, isto é, sua familiaridade com as lutas e
conquistas do movimento feminista, bem como sua sensibilidade para
captar as necessidades do conjunto das mulheres, transformando-as
em propostas de políticas e ações do Poder Municipal;
5.
o mandato das Conselheiras (dois ou quatro anos) concida,
preferencialmente, com inícios e finais dos mandatos dos
Prefeitos/Prefeitas, podendo ser dada margem para o período de
transição entre os Governos.
6.
a Presidência do Conselho seja exercida por uma mulher de
reconhecida atuação na defesa dos direitos femininos, com
respaldo do conjunto de mulheres do Município e com bom
relacionamento com o Executivo;
7.
a Presidenta do Conselho não seja integrante do Poder
Legislativo ou dirigente municipal, para prevenir constrangimento
à liberdade de discussão e à relação Conselho/sociedade
civil/mulheres/poderes Legislativos
e Executivo;
8.
seja necessariamente estabelecido o compromisso efetivo do
Poder Executivo com o fornecimento dos recursos humanos e
materiais necessários ao funcionamento técnico-administrativo do
Conselho, bem como à sua atuação nas áreas de estudos,
pesquisas e intercâmbio, o que implica dotação orçamentária,
além da cessão de instalação e funcionários; e
9.
seja garantido o compromisso de que o Conselho participará
necessariamente da definição de políticas e seus respectivos orçamentos,
já que metade da população envolvida em qualquer ação do
poder público é constituída por mulheres, com especifidades
biológicas e culturais a respeitar, notadamente nas áreas de saúde,
educação, trabalho e profissionalização, segurança, assistência
social, habitação, etc.
Como
o CECF pode colaborar com os municípios na criação e implantação
efetiva dos Conselhos Municipais?
Embora
previstos em Lei, os Conselhos da Condição Feminina acabam, na
prática, surgindo e funcionando graças à pressão dos
movimentos organizados de mulheres. Por isso, o CECF – dentro do
processo de ampla divulgação e implantação da Convenção que
conta desenvolver neste ano – dedicará especial atenção ao
assessoramento de pessoas e grupos interessados na criação ou no
funcionamento desses organismos nos municípios paulistas. Além
disso, estão à disposição, na sua sede em São Paulo, modelos
de estatutos de conselhos já implantados, de projetos de lei
Municipal e outros documentos de orientação para a criação de
Conselhos Municipais.
Outra é:
ACONQUISTA DE NOVOS ESPAÇOS EM CARGOS DE LIDERANCA.
A última década foi marcante para as mulheres no mercado de trabalho:
elas dobraram sua participação em cargos de presidência, diretoria e
gerência de empresas e já ocupam quase metade dos postos de coordenação.
Participação
das mulheres na política brasileira
Principais conquistas da mulheres brasileiras na política do Brasil, história do Brasil
Dra. Carlota Pereira de Queirós: primeira mulher eleita deputada federal na história do Brasil.
História
da participação das mulheres na política
Durante
grande parte da História do Brasil, as mulheres não tiveram participação na
política, pois a elas eram negados os principais direitos políticos como, por
exemplo, votar e se candidatar. Somente em 1932, durante o governo de Getúlio
Vargas, as mulheres conquistaram o direito do voto. Também puderam se
candidatar a cargos políticos. Nas eleições de 1933, a doutora Carlota
Prereira de Queirós foi eleita, tornando-se a primeira mulher deputada federal
brasileira.
Principais conquistas das mulheres na política brasileira
Principais conquistas das mulheres na política brasileira
-
Em 1932, as mulheres brasileiras conquistam o direito de participar das eleições
como eleitoras e candidatas.
-
Em 1933, Carlota Prereira de Queirós tornou-se a primeira deputada federal
brasileira
-
Em 1979, Euníce Michiles tornou-se a primeira senadora do Brasil.
-
Entre 24 de agosto de 1982 e 15 de março de 1985, o Brasil teve a primeira
mulher ministra. Foi Esther de Figueiredo Ferraz, ocupando a pasta da Educação
e Cultura.
-
Em 1989, ocorre a primeira candidatura de uma mulher para a presidência da
República. A candidata era Maria Pio de Abreu, do PN (Partido Nacional).
-
Em 1995, Roseana Sarney tornou-se a primeira governadora brasileira.
-
Em 31 de outubro de 2010, Dilma Rousseff (PT - Partido dos Trabalhadores)
venceu as eleições presidenciais no segundo turno, tornando-se a primeira
mulher presidente da República no Brasil.
NO ESPÍRITO SANTO
A deputada federal Iriny Lopes (PT-ES) ocupou a Secretaria Especial das Mulheres no governo da presidente eleita, Dilma Rousseff.
Iriny Lopes está em seu segundo mandato como deputada federal.
Integrante da Comissão de Direitos Humanos e Minorias (CDHM) da Câmara
desde 2003, Iriny se tornou a primeira mulher eleita para a presidência
da CDHM, em 2005. Em 2010, foi novamente indicada pelo PT para ocupar ohttp://www.irinylopes.com.br/
posto. Como presidenta da comissão tem como prioridades debater o
Programa Nacional de Direitos Humanos (PNDH 3), que contempla todas as
demandas sociais, e a juventude.
Com os portuários, iniciou uma discussão, desde o primeiro mandato, sobre os portos capixabas. Os desafios da área foram intensamente debatidos nas várias audiências públicas e seminários realizados na Câmara dos Deputados e no Espírito Santo, em parceria com o deputado estadual Cláudio Vereza, presidente da Comissão de Infra-Estrutura e Logística da Assembléia Legislativa.
Outros temas surgiram no segundo mandato, como a questão do pré-sal (a parlamentar integrou a Comissão Especial que debateu o projeto de criação da Petrosal), das mudanças climáticas (Iriny é integrante da comissão mista sobre o tema), dentre outras. Todos os pronunciamentos, projetos de lei, proposições, indicações e requerimentos feitos pela deputada federal podem ser consultados no link da Câmara dos Deputados. Na busca do site da Câmara, é também possível localizar as diversas entrevistas em temas variados para rádio, TV, site e impresso da Casa.
Para ter acesso a todas as propostas, acesse o link:
Câmara dos Deputados - Iriny Lopes
Com os portuários, iniciou uma discussão, desde o primeiro mandato, sobre os portos capixabas. Os desafios da área foram intensamente debatidos nas várias audiências públicas e seminários realizados na Câmara dos Deputados e no Espírito Santo, em parceria com o deputado estadual Cláudio Vereza, presidente da Comissão de Infra-Estrutura e Logística da Assembléia Legislativa.
Outros temas surgiram no segundo mandato, como a questão do pré-sal (a parlamentar integrou a Comissão Especial que debateu o projeto de criação da Petrosal), das mudanças climáticas (Iriny é integrante da comissão mista sobre o tema), dentre outras. Todos os pronunciamentos, projetos de lei, proposições, indicações e requerimentos feitos pela deputada federal podem ser consultados no link da Câmara dos Deputados. Na busca do site da Câmara, é também possível localizar as diversas entrevistas em temas variados para rádio, TV, site e impresso da Casa.
Para ter acesso a todas as propostas, acesse o link:
Câmara dos Deputados - Iriny Lopes
Estes vídeos e textos reunem algumas das muitas conquistas da mulher na construção de seus direitos de participação, de igualdade e lutas pór cidadania. Aqui integram-se informações de cunho histórico, ecoomico, social e político.
Por : Valéria do Nascimento Pereira e Irene Cristina dos Santos Costa
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