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sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Plano de Ação “Amenizando o Sofrimento de Mulheres Vitimas de Violência Doméstica”



Nome: Maria Aparecida R. Marques
Órgão em que trabalha: Escola
Cargo: Professora
Função: Professora de Educação Infantil
Município: Mimoso do Sul
Observação (caso seja necessário):
Nome do Pólo ao qual se vincula: UAB
Nome da professora on-line: Denise Pinto Vasconcelos.
Data de finalização do Modulo 2: 05 de outubro de 2011

Objetivo Geral da ação:

O objetivo central deste plano é amenizar de forma sucinta o sofrimento de mulheres vitimas de violência doméstica através de da ampliação do espaço (CIAM) para atendimento às vítimas de violência em sua expressão doméstica, investir na pesquisa e extensão na área de políticas públicas em direitos humanos para as mulheres.

Justificativa:

Em todo o mundo, segundo diversos estudos realizados e  pesquisas feita no “http://boasaude.uol.com.br” pelo menos uma em cada três mulheres já foi espancada, coagida ao sexo ou sofreu alguma forma de abuso durante a vida. O agressor é, geralmente, um membro de sua própria família. Para Saffioti (1997), a violência familiar "recobre o universo das pessoas relacionadas por laços consangüíneos ou afins. A violência doméstica é mais ampla, abrangendo pessoas que vivem sob o mesmo teto, mas não necessariamente vinculadas pelo parentesco". Cada vez mais a violência de gênero é vista como um sério problema de saúde pública, além de constituir violação dos direitos humanos. O presente Trabalho de Conclusão do modulo 2 é uma reflexão sobre as múltiplas expressões da violência contra a mulher. A tese que o estrutura afirma que a ausência de programas de proteção social às mulheres, vítimas de violências, submete este segmento social à condição de vulnerabilidade social. Maria Amélia Azevedo define a violência física ou, mas especificamente, o espancamento como sendo [...] exacerbação de um relacionamento hierárquico entre sexos: a violência masculina é um exercício perverso de dominação do macho sobre a fêmea7 .Como expressão de uma “normalidade social”, que converte diferença de relações hierárquicas com fins de dominação, exploração e expressão, desrespeito aos direitos das mulheres. Meu interesse em ampliar esta casa teve origem nas pesquisas para o blogfólio,registradas durante o modulo 2.  Durante a pesquisa de campo constatei a elevada incidência de mulheres vítimas de agressões físicas. Percebi que a violência contra a mulher tem causas múltiplas, observei, entretanto que  em nossa comunidade não tinha espaço físico para atender estas mulheres vitimas de violência. Problemas decorrentes de fatores emocionais, psicológicos, culturais, entre outros. Nesse sentido, creio que os equipamentos públicos de atenção às demandas na área de saúde precisam assegurar serviços específicos de proteção à mesma. Estes serviços são necessários para construir condições básicas de cidadania a um segmento social que, historicamente, tem sofrido os efeitos de inúmeras discriminações no ambiente familiar, no trabalho, nas atividades de representação política, enfim, discriminações típicas como de gênero. O drama da violência contra a mulher é uma questão importante a ser estudada com muita atenção pelo poder publico. Este trabalho tem objetivo  refletir sobre os efeitos negativos diretamente associados às mulheres, no que concerne à ausência de programas de proteção social a estas pessoas. Portanto, a reflexão não deverá se prender ao somente as pesquisas, mas sim a uma análise mais abrangente do problema. A idéia de violência que adoto nesta reflexão está baseada em VILLELA(apud AZEVEDO, 1985:19) Para a elaboração deste trabalho fiz levantamento bibliográfico em alguns trabalho cuja referência encontra-se abaixo em bibliografia, Pesquisa de campo em   comunidade visinhas, visitas à delegacia, Hospitais e entrevistas Este plano de ação, primeiramente, retrata a violência contra a mulher e a negação de sua cidadania; posteriormente, faz-se uma reflexão no que diz respeito às políticas públicas como forma de proteção social às mulheres vítimas de violência. A finalidade do mesmo  não é esgotar o assunto e   sim ajudar a solucionar o alto índice de violência existente em nossa comunidade. Obviamente, esta abordagem se constrói com observações extraídas da sociedade brasileira.


Descrição da  ação
As ações elencadas nesse eixo será implantado no (CIAM) Casa da Mulher como sugestão de um atendimento especializado para amenizar o sofrimento  das  vitimas de violência domestica, com apoio da Prefeitura e será desenvolvido em três eixos de organização: administração do setor, atividades técnicas e prestação de serviços. Desse modo, propusemos:
 Estimular a criação de uma rede de atendimento e orientação às mulheres, com a finalidade de construir relações interinstitucionais e aperfeiçoar o padrão de atendimento para as usuárias desse Centro. A perspectiva é que a rede seja integrada pelos serviços voltados para mulheres vítimas de violência de gênero;
 Prestar atendimento emergencial às mulheres usuárias e encaminhá-las aos serviços especializados;
 Articular o Centro com diferentes entidades e instituições Da comunidade e, especialmente, com o Posto de Saúde do centro, visto que o posto é o único que esta localizado próximo  ao CIAM .


Cronograma

Meta: Ampliar o CIAM para atender mulheres vitima de violência doméstica.



 

     AÇÕES


RECURSOS NESCESSÁRIOS

   
RESPONSAVÉL

  
DATA


Pesquisa de campo/
Conhecimento da realidade local.


Visitas
e
entrevistas.



Levantamento de casos de violência.

Maria Aparecida R. Marques
  08/08/2011
  17/08/2011
   25/08/2011
   01/09/2011

Elaboração do plano de ação.


Pólo UAB

 Casa

Maria Aparecida R. Marques
   08/09/2011
  09/09/2011
   12/09/2011


Formar comissão  para
Debater as
ações
propostas
junto a prefeitura.

.


Adequar
Espaço físico





Financeiro
e serviços


Maria Aparecida R. Marques

    
    13/09/2011
   
    15/09/2011

Sugestão de Implantação do plano de ação.(CIAM)

Reunião com os responsáveis
(CIAM)

Médicos,
As.sociais, psicólogas, Enfermeira e estudantes..

Maria Aparecida R. Marques

      21/09/2011
Postando plano
 de ação.
Plataforma    Moodle
    Internet
Maria Aparecida R. Marques

  29/-9/2011



População beneficiada

Mulheres vítimas de violência doméstica e sexual; incluindo a assistência ao abortamento em condições inseguras e à promoção da atenção à saúde de grupos específicos, como a mulher no climatério e na terceira idade, a mulher negra, as trabalhadoras do campo e da cidade, a mulher indígena e aquelas em situação de prisão.

Bibliografia


AZEVEDO, Maria Amélia. Mulheres espancadas: a violência denunciada. São
Paulo. Cortez, 1985.

CORRÊA, Maria Pinheiro. Abordagem sobre a violência contra a mulher a
partir da prática de estágio tendo como instrumental técnico a entrevista.
Belém: UNAMA, 1993 (Trabalho de Conclusão de Curso).


KOLLONTAY, Alexandra. A nova mulher e a moral sexual. Rio de Janeiro:
global editora, 1978.

LIMA, Graziela. Violência: sociabilidade do relacionamento de gênero. São
Paulo. Grupo editoras, 1999.

NEVES, Maria da Graça R. Mulher e políticas públicas. Rio de Janeiro
IBAM/UNICEF. Lamgraf, 1991.

SAFFIOTI, Heleieth I. B; VARGAS, Mônica Muñoz. Mulher brasileira é assim.
Rio de Janeiro: Rosa dos Tempos, 1994.

SILVA, Marlise Vinagre. Violência contra a mulher: quem mete a colher? São
Paulo. Cortez, 1992.


VILHENA, Ana Simone Dantas. Mulher e violência: uma intervenção do
Serviço Social. Belém: UNAMA, 1993 Trabalho de conclusão de Curso).




Anexos

Dez mitos sobre a Violência Doméstica:

1. “A violência doméstica só ocorre esporadicamente”.
A cada 15 segundos, uma mulher é agredida no país.
2. “Roupa suja se lava em casa”.
Enquanto o problema não for encarado como de saúde pública, os cofres governamentais continuarão a ser onerados com
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aposentadorias precoces, licenças médicas, consultas internações. Os níveis de delinqüência juvenil e repetência escolar continuarão
altos e as mulheres continuarão a ser mortas.
3. “A violência doméstica só acontece em famílias de baixa renda.”
A violência é o fenômeno mais democrático que existe, não fazendo distinções de classe econômica, raça ou cultura.
4. “As mulheres apanham porque gostam ou porque provocam.”
Quem vive violência gasta a maior parte do seu tempo tentando evitá-la, protegendo-se e a seus filhos. As mulheres ficam ao
lado dos agressores para preservar a relação, e não a violência.
5. “A violência só acontece nas famílias problemáticas.
As famílias afetadas pela violência aparentam ser “funcionais.” Não há pesquisas comprovando que elas difiram de outros
tipos de famílias.
6. “Os agressores não sabem controlar suas emoções.”
Ora, se assim fosse, os agressores agrediriam também chefes, colegas de trabalho e outros familiares, e não apenas a esposa
ou os filhos.
7. “Se a situação fosse tão grave as vítimas abandonariam logo os agressores.”
Grande parte dos assassinatos de mulheres ocorre na fase em que elas estão tentando se separar dos agressores. Algumas
também desenvolvem a síndrome do estresse pós-traumático, que as torna incapazes de reagir e escapar.
8. “É fácil identificar o tipo de mulher que apanha.”
Como já dito, a violência é um fenômeno democrático. Qualquer mulher pode se encontrar, em algum período de sua vida,
vítima deste tipo de violência.
9. “A violência doméstica vem de problemas com o álcool, drogas ou doenças mentais.”
Muitos homens agridem suas mulheres sem que apresentem qualquer um destes fatores.
10. “Para acabar com a violência basta proteger as vítimas e punir os agressores.”
É necessário um processo educativo voltado à infância, para que as relações entre homens e mulheres sejam construídas,
desde muito cedo, sem componentes de agressão para obtenção e manutenção do poder. É necessário também proteger as mulheres
vitimizadas e promover, aos agressores, uma oportunidade de reflexão e mudança.