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sexta-feira, 29 de julho de 2011

AÇÕES NAS ESCOLAS

25/11/2010

Alunos apresentam dança afro brasileira no Dia da Consciência Negra

Na Escola Pedro José Vieira, os alunos da 3ª série apresentaram danças afro brasileiras como forma de valorização da cultura negra do país




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O Dia Nacional da Consciencia Negra foi tema principal de estudos e trabalhos em muitas escolas de Mimoso do Sul, entre elas, destacamos a apresentação dos alunos da Escola Pedro José Vieira, que neste mês de novembro realizaram danças afro brasileiras como forma de homenagear a influência negra no país.
Os alunos da 3ª série M 03, das professoras Ivone da Silva Santos Romano e Lúcia Flávia apresentaram no pátio da Escola essa dança de muita riqueza ritmica e som empolgante.
A diretora Kênia Cheibub explicou que este momento foi de grande importância, pois permitiu ao aluno ter o conhecimento necessário contra o racismo e reconhecer a importância de toda manifestação cultural. "Isso tem sido sempre realizado dentro das salas de aula de nossa Escola através do empenho das professoras, coordenadoras e pedagogas", contou.
Saiba mais sobre o Dia Nacional da Consciência Negra
O Dia da Consciência Negra é celebrado em 20 de novembro no Brasil e é dedicado à reflexão sobre a inserção do negro na sociedade brasileira. A semana dentro da qual está esse dia recebe o nome de Semana da Consciência Negra.
A data foi escolhida por coincidir com o dia da morte de Zumbi dos Palmares, em 1695. O Dia da Consciência Negra procura ser uma data para se lembrar a resistência do negro à escravidão de forma geral, desde o primeiro transporte forçado de africanos para o solo brasileiro (1594).
Algumas entidades como o Movimento Negro (o maior do gênero no país) organizam palestras e eventos educativos, visando principalmente crianças negras. Procura-se evitar o desenvolvimento do auto-preconceito, ou seja, da inferiorização perante a sociedade.
Outros temas debatidos pela comunidade negra e que ganham evidência neste dia são: inserção do negro no mercado de trabalho, cotas universitárias, se há discriminação por parte da polícia, identificação de etnias, moda e beleza negra, etc.
O dia é celebrado desde a década de 1960, embora só tenha ampliado seus eventos nos últimos anos; até então, o movimento negro precisava se contentar com o dia 13 de maio, Abolição da Escravatura – comemoração que tem sido rejeitada por enfatizar muitas vezes a "generosidade" da Princesa Isabel.
TEXTO: Renata Mofatti
FOTOS: Arquivo da Escola Pedro José Vieira
FONTE: Wikipédia
Email: remofati@gmail.com
Telefones: (28) 9971 2237 / (28) 3555 4618





Como efeito dos Estudos para uma educação Etnicorracial, as escolas da rede municipal e estadual vem desenvolvendo belíssimos trabalhos, tanto no que diz respeito à valorização da cultura afro brasileira, como na valorização ser humano como um todo, sem discriminação ou preconceitos. Nesta matéria realizada pela jornalista mimosense Renata Mofatti, foi apresentado o trabalho desenvolvido pelos professores da Escola Estadual de Ensino Fundamental Pedro José Vieira, localizada na Sede do Município. E nós do grupo Performance Negra, não poderíamos deixar de expressar nosso respeito pelas educadoras  que muito têm se empenhado em fazer acontecer concretamente os ideais de respeito à diversidade e, acima de tudo, de luta pela equidade.

Por: Julio Cezar Oliveira e Irene Cristina Santos Costa
Grupo MSul04 "Performance Negra"

UNEGRO EM MIMOSO DO SUL



MOVIMENTOS   NEGROS 




EM   MIMOSO   DO    SUL - ES







UNIÃO DE NEGROS PELA IGUALDADE 


“UNEGRO”





Fundada em 1988, em Salvador, a UNEGRO - União de Negros pela Igualdade  se consolidou como uma das mais importantes entidades do movimento negro baiano e brasileiro. A parti de 1992 ganha caráter nacional passando a ser organizada em São Paulo, Rio de Janeiro, Santa Catarina, Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Goiás.




Em 2002, a UNEGRO realiza seu 2º Congresso Nacional, onde filiados do Espírito Santo participa e afirma seu compromisso com a luta contra o Racismo, Machismo e a Desigualdade de Classe.


O Movimento luta contra o racismo em todas as suas formas de expressão; empenha-se na preservação e desenvolvimento da cultura negra; defende o livre direito de escolha da orientação sexual dos homens e mulheres negros; defende os direitos culturais da população negra; externa  solidariedade e apoio à luta dos povos oprimidos de todo o mundo; luta pelo exercício da cidadania negra em todos os setores da vida social do país, defende uma sociedade justa, fraterna, sem exploração de classe, de raça ou baseada na exploração entre sexos
Em 2003, militantes da UNEGRO participam da 1ª Conferência da Igualdade Racial da CMS do foro de entidades negras e de outros segmentos que luta pela superação do racismo no estado do Espírito Santo. E em 2004 a UNEGRO realiza seu 1º Encontro de filiados, organiza e consolida o movimento no estado.
Em 27 de maio a UNEGRO realiza seu 1º Congresso no Estado e ganha caráter Estadual, passando a ser organizada em Cariacica, Vila Velha, Vitória, São Mateus, Cachoeiro de Itapemirim, Mimoso do Sul e Alegre. (UNEGRO; 2007)
Sair para fazer pesquisa de campo é sempre muito gratificante, pois através destas pesquisas aprendemos com a prática o nosso objeto de estudo, saber que em meu município tem um movimento como este de nível nacional, e o melhor conhecer de perto este movimento que luta contra o racismo, foi e esta sendo maravilhoso. 

Ao entrevistar o Coordenador Municipal da UNEGRO em nosso município, o senhor Adilson Amaro, (55 anos, pedreiro), o mesmo relatou com entusiasmo o inicio do movimento em 2007 em nossa cidade, segundo ele, foram promovidos vários eventos contra a discriminação, eventos tais como: Noite da Beleza Negra (concurso de beleza, no qual participam negros/as de todas as idades), Seminário “Rebele-se contra o Racismo” com palestrantes de movimentos negros do estado, participação na 18º Noite da Beleza Negra em Vitória, participação em Congressos e seminários, no sul do estado e na capital, entre outros. 

O movimento UNEGRO com esses eventos, despertou vários setores da comunidade mimosense para a raça negra e  sua valorização enquanto cidadãos sócio, econômica e culturalmente, por muito tempo discriminada, e levou a beleza da mulher, do homem, crianças e jovens negros e afro descendentes mimosenses ao reconhecimento e prestígio merecidos, concorrendo com outros municípios do Estado e se destacando.

"Hoje o movimento esta fraco, as pessoas estão desanimadas, a meu ver falta apoio das autoridades, e principalmente conscientização por partes das pessoas que mistura políticas com o movimento, se fulano de certo partido é militante do movimento, o 'cicrano' do partido tal não entra e nem ajuda, é uma coisa absurda, mas é o que acontece e que acaba deixando a gente triste e desanimados" ( Adilson Amaro).
Já a senhora Maria José da Silva, tesoureira do movimento UNEGRO no município, diz que faltam pessoas com interesse em participar do movimento, falou da importância dele em Mimoso, e continuou dizendo que o movimento não pode acabar.



Enfim, observa-se que o Movimento UNEGRO, é muito importante na luta da causa negra em todo país, e aqui no município de Mimoso do Sul, ele deixou sua marca, mas no momento esta  um pouco esquecido, o bom é que com a visita do NEGRITUDE EM MOVIMENTO, acendeu-se uma chama entre os militantes do movimento, quem sabe é um novo recomeço, vamos ficar torcendo!!!                   Por: Valéria Nascimento Fraga, GrupoMSul04 "performance Negra" 
  

CONTRIBUIÇÃO DOS NEGROS AO ESPÍRITO SANTO

                                       Fonte: http://www.youtube.com/watch?v=Mjc6eq2j4MQ



Os afro-brasileiros vêm tendo participação destacada na vida social, econômica e cultural do Espírito Santo e do Brasil. Esta participação se faz presente no artesanato, na culinária, nas letras e nas artes, na religião ou na defesa dos seus direitos sociais.
No Espírito Santo, distinguem-se na música, nas festas populares do Ticumbi, no norte do Estado; nas bandas de congo do litoral; nos jongos e caxambus do sul do Espírito Santo. E, embora, como no resto do Brasil, os descendentes dos ex-escravos enfrentem problemas sociais em sua vida, muitos deles, provando sua capacidade, têm se distinguido em todos os setores das atividades humanas.
Sua presença atuante pode ser registrada no magistério, no serviço público civil e militar, nos esportes, nas profissões liberais, nas chefias do Poder Executivo e Judiciário, na Assembléia Legislativa e nas Câmaras Municipais. Mas esta participação é sobretudo notável na própria formação do povo capixaba, em que a influência dos negros é considerável.


Fonte: Livro: Espírito Santo: Nossa história, Nossa gente 
De: Luiz Guilherme Santos Neves/ Léa Brigida R. de Alvarenga Rosa/ Renato José Costa Pacheco



                                         

BANDAS DE CONGO: RESISTÊNCIA CULTURAL


O maior folclorista capixaba, Hermogenes Lima Fonseca, listou assim as diversas manifestações folclóricas de nosso Estado: no norte temos o Ticumbí, Pastorinhas, Alardo e Reis de Boi; no sul: Folia de reis e em todos os municípios do Estado temos as bandas de Congo. As bandas de Congo são um dos maiores eventos folclóricos do Espírito Santo, são as responsáveis por levarem todos os anos uma multidão de pessoas para os municípios da Grande Vitória, seja no natal, festas de São Benedito, carnaval e em festas religiosas.Segundo o Mestre de Congo, Antônio Rosa, as bandas de Congo originaram-se de um naufrágio de um navio negreiro em 1862, próximo a Nova Almeida, que salvaram-se 21(ou 25) escravos. No navio negreiro havia uma imagem e uma bandeira de São Benedito. Os sobreviventes chefiados pelo escravo Joaquim Crispiniano da Silva, em agradecimento ao santo, prometeram organizar uma festa. E assim foi organizada a cortada e fincada do mastro, sendo que nessa época a procissão era feita com um barco puxado por um cipó ou corda de embira. Conseguiram de seus senhores um dia de alforria, organizaram-se na senzala e iniciou-se o festejo a São Benedito, bem como a criação da primeira banda de Congo do Espírito Santo. Segundo o relato do mestre Antônio Rosa, datado de 1988, foi através dos negros da Serra que as bandas de Congo expandiram-se para o resto do Estado, o que pode ser parte de uma lenda conservada pela história oral. Mas que não é contestada pelos historiadores, conforme o livro “Negros do Espírito Santo”, das historiadoras Carla Osório, Adriana Bravim e Leonor de Araújo Santana(ps.113-114). As bandas de Congo organizam-se de uma forma que conseguem preservarem-se, sendo através do interesse dos mais velhos que ensinam aos mais jovens desde a confecção dos instrumentos às canções. A peculiaridade está na passagem de um Mestre para outro, há a tradição de ser em família. A banda de Congo “Amores da Lua”, foi fundada pelo Seu Alarico Azevedo em março de 1945, que apoiado pelo Coronel Hélio Nascimento dos Reis e “Pernambuco”(Alfredo Manoel da Silva), fizeram em 25 de dezembro de 1945 a primeira puxada de mastro em “Mulembá”, hoje Santa Marta. A procissão que sai todos os anos da Igreja católica de São Cristóvão, só foi criada no natal de 1987. Na “Amores da Lua” com a morte de Seu Alarico em 1981, assumiu Seu Reginaldo Barbosa Sales, genro de Seu Alarico. Do mesmo modo, o escravo Crispiniano, veio a falecer em 1889, um ano após a abolição, sendo que seu filho, José Maria da Silva, conhecido como “Tio Zé”, lhe sucedeu na direção da banda de Congo de Putiri, vindo a falecer em 1957, dando lugar ao Mestre Antônio Rosa falecido em 03-08-1999, quando a banda passou de Putiri para a Serra-sede, denominando-se Congo Folclórico de São Benedito da Serra. A banda de Santa Isabel de Cariacica que faz o Congo de máscaras, após a morte do seu fundador, Seu Queirós, foi sucedido pelo Sr. Manuel Ferreira, o “Mané gabiroba”, falecido em 20 de agosto deste, sucedido pelo filho, Tagibe Ferreira. Há de se notar que a continuidade das bandas de Congo, não está ligada somente ao parentesco, mas também ao interesse dos envolvidos. Acima de tudo essas pessoas querem manter uma tradição e impedir modificações no ritual. O que não ocorreu com o carnaval que tornou-se “espetáculo global”. Da mesma forma, só ocorreria com as bandas se essa hereditariedade fosse quebrada, tornando-as espetáculo. O importante é que a criação da Casa de Congo Mestre Antônio Rosa, criada em 26 de agosto, na Serra e o lançamento do Cd “Banda de Congo Amores da Lua – 50 anos”(vendas p/ TEL: 225 6806) incitem no povo capixaba uma certa “resistência”. Contra o saber erudito que invade as manifestações populares cunhando-as de exóticas e a “carnavalização” do folclore, não transformando-as em festas para gringo ver
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COMUNIDADE QUILOMBOLA MONTE ALEGRE-ES, SEU PRÓPRIO FUTURO

Monte Alegre, distrito de Pacotuba, fica a 37 km do município-sede, Cachoeiro de Itapemirim, situada na região dos Vales e do Café, no Espírito Santo, com economia voltada para a agricultura de subsistência. São trabalhadores, em sua maior parte negra, descente de escravos, meeiros ou diaristas nas fazendas vizinhas, que vivem com renda mensal média de menos de um salário mínimo. Sofrem com a falta de saneamento básico, água encanada e rede de esgoto; a coleta de lixo é realizada uma vez por semana, entre outros problemas que advêm destes, como saúde e educação e, o principal e maior deles: a baixa auto-estima, apesar de toda hospitalidade desse povo.
O grande desafio é sair do discurso fácil do desenvolvimento sustentável para, efetivamente implantar e implementar ações que gerem auto-sustentabilidade para a comunidade. O primeiro passo já foi dado. O Instituto Novas Fronteiras da Cooperação, juntamente com o Ministério do Turismo fomentaram ações de incentivo ao resgate cultural, além de projetos de desenvolvimento para a região, buscando novos recursos e técnicas para prosseguir e garantir um futuro sustentável. Esse é o objetivo da execução do Projeto de Turismo Étnico, Cultural e Ambiental.
Desenvolvido em parceria com a Associação de Remanescentes de Quilombo de Monte Alegre (Acreqma) após uma pesquisa/diagnóstico da sociedade local que possibilitou o conhecimento de seu perfil sócio-econômico, pode-se mover ações de planejamento estratégico, entre outras, para a melhoria na qualidade de vida nesse local, promovendo inclusão social e implantação de infra-estrutura. Foram oficinas de artesanato, gastronomia, teatro, danças, estruturação de trilhas na Floresta Nacional de Pacotuba, gestão associativista e comercialização da produção, entre outras que, além de inclusão social e elevação da auto-estima, subsidia meios para que continuem, eles próprios, este trabalho, visto que, como moradores e agora capacitados, são os que melhor conhecem as reais necessidades da comunidade.
O Projeto chega à etapa final e mostra resultados positivos. As parcerias formadas são prova disso. Os quilombolas de Monte Alegre têm mais motivos para sorrir. A coordenadora do Projeto, Rosilã Jacques Pereira, garantiu que o trabalho vai muito além de cumprir um cronograma. “Se queremos que o nosso trabalho tenha sustentabilidade temos que buscar outros atores comprometidos com esse processo. Não se trata apenas de ensinarmos dança, teatro, gastronomia, artesanato ou de realizamos outras oficinas de qualquer natureza. É preciso que haja comprometimento, disciplina e responsabilidade para que as ações desenvolvidas tenham continuidade e desperte ainda mais, o interesse de turistas”. De maio até outubro, circulou na comunidade cerca de R$ 30 mil deixados por visitantes e distribuídos entre os diversos grupos produtivos. “Isso é geração de renda e por conseqüência o aumento da auto-estima das pessoas”, afirma Rosilã.
Só este ano, foram mais de três mil visitantes que puderam conhecer um pouco mais da cultura desse povo e aproveitar de sua hospitalidade e têm visitas agendadas até final dezembro. Isso só foi possível em função do capacitação da comunidade em diversas habilidades. Danças como: maculelê, capoeira de angola, caxambu, dança afro-brasileira, samba de roda e ciranda, são alguns dos atrativos do local que conta ainda com um grupo de teatro que encenam partes do cotidiano de seus antepassados – cenas como: Abolição, Pau da Mentira e Enterro da Escrava Rufina. A gastronomia africana também está presente, o angu de banana verde com peixe salgado e outros pratos típicos. O artesanato em argila, sementes, palhas de coco, bananeira e milho e sabonetes e velas artesanais com essências da Floresta Nacional de Pacotuba ajudam na renda dessas famílias. Algumas das apresentações culturais são feitas dentro da Floresta, durante as trilhas.
Essa movimentação na comunidade gera renda aos moradores. Todos ganham. Mas não é somente Monte Alegre quem ganha com isso, mas sim, toda a região em torno, pois se existe um aumento na renda, há também uma melhora na qualidade de vida. O comércio em torna ganha. Quem antes vivia apenas com o pouco vindo de programas como bolsa escola, hoje já pode contar com uma renda extra que permite adquirir mais bens. Como é o caso de Licinha, quilombola e artesã, hoje já tem antena e telefone celular em casa, vendeu em uma semana cerca de R$ 400,00, o que corresponde as vendas do último semestre do ano passado.
Um lugar com tantas riquezas não pode ficar esquecido, nem mesmo escondido. Com todo o estresse da correria das grandes cidades nada melhor que relaxar, se divertir e ainda aprender em contato com a natureza e com a cultura.




 É de extrema importância o reconhecimento e a preservação cultural das comunidades quilombolas.
O território quilombola de Monte Alegre Foi o primeiro do sul do Espírito Santo a ser reconhecido. Nele moram 102 famílias, com 423 pessoas.
A população desta localidade está  preparada para receber de forma muito agradável os turistas e oferecer-lhes o que existe de melhor da cultura afro. Lá podemos conhecer os artesanatos, assistir a apresentações de teatros e danças afro, como o caxambu, o maculelê e a capoeira, além, é claro, de experimentar a deliciosa culinária típica.
O território quilombola de Monte Alegre é realmente encantador, tive a oportunidade de conhecer e recomendo a todos.
Por:  Mônica Pontes da Costa Oliveira, GrupoMSul04 "Performance Negra"