http://www.youtube.com/watch?v=clS0a02UvCU Numa abordagem antropológica, a identidade é uma construção que se faz com atributos culturais, isto é, ela se caracteriza pelo conjunto de elementos culturais adquiridos pelo indivíduo através da herança cultural. A identidade confere diferenças aos grupos humanos. Ela se evidencia em termos da consciência da diferença e do contraste do outro. Ao longo de nossa história, na qual a colonização se fez presente, a escravidão e o autoritarismo contribuíram para o sentimento de inferioridade do negro brasileiro. A ideologia da degenerescência do mestiço, o ideal de branqueamento e o mito da democracia racial foram os mecanismos de dominação ideológica mais poderosos já produzidos no mundo, que permanecem ainda no imaginário social, o que dificulta a ascensão social do negro, pois este é visto como indolente e incapaz intelectualmente. A política de branqueamento que caracterizou o racismo no Brasil foi gerada por ideologias e pelos estereótipos de inferioridade e/ou superioridade raciais. A ideologia do branqueamento teve como objetivo propagar que não existem diferenças raciais no país e que todos aqui vivem de forma harmoniosa, sem conflitos (mito da democracia racial). Além desses aspectos, projeta uma nação branca que, através do processo de miscegenação, irá erradicar o negro da nação brasileira, supondo-se, assim, que a opressão racial acabaria com a raça negra pelo processo de branqueamento. Essa tese é apresentada pelo Brasil ao mundo. Gilberto Freire foi um dos pioneiros desse “ mito da democracia racial” apregoando que existe, no Brasil, a igualdade de oportunidades para brancos, negros e mestiços. A disseminação desse mito permitiu esconder as desigualdades raciais, que eram constatadas nas práticas discriminatórias de acesso ao emprego, nas dificuldades de mobilidade social da população negra, que ocupou e ocupa até hoje os piores lugares na estrutura social, que freqüenta as piores escolas e que recebe remuneração inferior à do branco pelo mesmo trabalho e tendo a mesma qualificação profissional. A falta de conflitos étnicos não caracteriza ausência de discriminação, muito pelo contrário, o silêncio favorece o “status quo” que, por sua vez, beneficia a classe dominante. O movimento negro vem denunciando com freqüência o tratamento discriminatório recebido pelos negros, lutando não só para eliminar as políticas de inferiorização com respeito às diferenças raciais, mas também pela igualdade de oportunidade, que é a ética da diversidade. O nosso cotidiano escolar está impregnado do mito da democracia racial – um dos aspectos da cultura da classe dominante que a escola transmite-, pois representa as classes privilegiadas e não a totalidade da população, embora haja contradições no interior da escola que possibilitam problematizar essa cultura hegemônica, não desprezando as diversidades culturais trazidas pelos alunos. Assim, apesar de a escola inculcar o saber dominante, essa educação problematizadora poderia tornar mais evidente a cultura popular. A proposta de uma educação voltada para a diversidade coloca a todos nós, educadores, o grande desafio de estar atentos às diferenças econômicas, sociais e raciais e de buscar o domínio de um saber crítico que permita interpretá-las. Nessa proposta educacional será preciso rever o saber escolar e também investir na formação do educador, possibilitando-lhe uma formação teórica diferenciada da eurocêntrica. O currículo monocultural até hoje divulgado deverá ser revisado e a escola precisa mostrar aos alunos que existem outras culturas. E a escola terá o dever de dialogar com tais culturas e reconhecer o pluralismo cultural brasileiro. Talvez pensar o multiculturalismo fosse um dos caminhos para combater os preconceitos e discriminações ligados à raça, ao gênero, às deficiências , à idade e à cultura, constituindo assim uma nova ideologia para uma sociedade como a nossa que é composta por diversas etnias, nas quais as marcas identitárias, como cor da pele, modos de falar, diversidade religiosa, fazem a diferença em nossa sociedade. E essas marcas são definidoras de mobilidade e posição social na nossa sociedade. Nós, como educadores, temos a obrigação não só de conhecer os mecanismos da dominação cultural, econômica, social e política, ampliando os nossos conhecimentos antropológicos, mas também de perceber as diferenças étnico-culturais sobre essa realidade cruel e desumana. Olhar a especificidade da diferença é instigá-la e vê-la no plano da coletividade. Pensar numa escola pública de qualidade é pensar na perspectiva de uma educação inclusiva. É questionar o cotidiano escolar, compreender e respeitar o jeito de ser negro, estudar a história do negro e assumir que a nossa sociedade é racista. Construir um currículo multicultural é respeitar as diferenças raciais, culturais ,étnicas, de gêneros e outros. Pensar num currículo multicultural é opor-se ao etnocentrismo e preservar valores básicos de nossa sociedade. Se a educação está centrada na dominação cultural da elite branca, o multiculturalismo - por ser uma estratégia de orientação educacional para os problemas das diferenças culturais na instituição escolar - reconhece a alteridade e o direito à diferença dos grupos minoritários, como negros, índios, homossexuais, mulheres, deficientes físicos e outros, que se sentem excluídos do processo social. Portanto, deve ser uma teoria a ser propagada. Segundo o Prof. Kabengele Munanga, a identidade é para os indivíduos a fonte de sentidos e de experiência. Toda identidade exige reconhecimento, caso contrário ela poderá sofrer prejuízos se for vista de modo limitado ou depreciativo. A realidade que enfrentamos hoje é perversa. Olhamos crianças miseráveis perambulando pelas ruas das grandes cidades, vemos pela TV e jornais o sofrimento de crianças afegãs, meninas sendo prostituídas no Brasil e na Ásia e em outros países, massacres que transformam a segurança dos poderosos em insegurança para todos nós. Ninguém exige respostas para tantas desgraças, mas de todos nós exigem um comprometimento pessoal por uma humanidade mais justa e solidária. Curiosamente sempre estamos procurando um culpado por todos esses problemas. Além disso, podemos observar no nosso cotidiano flagrantes e atitudes preconceituosas nos atos, gestos e falas. E, como não poderia ser diferente, acontece o mesmo no ambiente escolar. Nessa proposta multicultural, a escola poderá elaborar um currículo que permita problematizar a realidade. Mesmo não sendo o único espaço de integração social, a escola poderá possibilitar a consciência da necessidade dessa integração, desde que todos tenham a oportunidade de acesso a ela e possibilidade de nela permanecer. A educação escolar ainda é um espaço privilegiado para crianças, jovens e adultos das camadas populares terem acesso ao conhecimento científico e artístico do saber sistematizado e elaborado, do qual a população pobre e negra é excluída por viver num meio social desfavorecido. A escola é o espaço onde se encontra a maior diversidade cultural e também é o local mais discriminador. Tanto é assim que existem escolas para ricos e pobres, de boa e má qualidade, respectivamente. Por isso trabalhar as diferenças é um desafio para o professor, por ele ser o mediador do conhecimento, ou melhor, um facilitador do processo ensino- aprendizagem. A escola em que ele foi formado e na qual trabalha é reprodutora do conhecimento da classe dominante, classe esta, que dita as regras e determina o que deve ser transmitido aos alunos. Mas, se o professor for detentor de um saber crítico, poderá questionar esses valores e saberá extrair desse conhecimento o que ele tem de valor universal. Na maioria dos casos, os professores nem se dão conta de que o país é pluriétnico e que a escola é o lugar ideal para discutir as diferentes culturas, e suas contribuições na formação do nosso povo. Eles também ignoram que muitas vezes as dificuldades do aluno advêm do processo que está relacionado à sua cultura, tão desrespeitada ou até ignorada pelos professores. A nossa escola é baseada numa visão eurocêntrica, contrariando o pluralismo étnico-cultural e racial da sociedade brasileira. E os educadores e responsáveis pela formação de milhares de jovens na sua grande maiorias são vítimas dessa educação preconceituosa, na qual foram formados e socializados. Esses educadores não receberam uma formação adequada para lidar com as questões da diversidade e com os preconceitos na sala de aula e no espaço escolar. A pequena quantidade de alunos negros nas escolas é resultado, na realidade, da desigualdade praticada pela instituição escolar e pelo próprio processo de seu desenvolvimento educacional. Também a prática seletiva da escola silencia sobre as diferenças raciais e sociais, provocando a exclusão do aluno de origem negra pobre, dos portadores de necessidades especiais e de outros. Trabalhar igualmente essas diferenças não é uma tarefa fácil para o professor, porque para lidar com elas é necessário compreender como a diversidade se manifesta e em que contexto. Portanto, pensar uma educação escolar que integre as questões étnico-raciais significa progredir na discussão a respeito das desigualdades sociais, das diferenças raciais e outros níveis e no direito de ser diferente, ampliando, assim, as propostas curriculares do país, buscando uma educação mais democrática. Embora saibamos que seja impossível uma escola igual para todos, acreditamos que seja possível a construção de uma escola que reconheça que os alunos são diferentes, que possuem uma cultura diversa e que repense o currículo, a partir da realidade existente dentro de uma lógica de igualdade e de direitos sociais. Assim, podemos deduzir que a exclusão escolar não está relacionada somente com o fator econômico, ou seja, por ser um aluno de origem pobre, mas também pela sua origem étnico-racial. ELIANA DE OLIVEIRA ____________ Bibliografia: GIROUX, Henry A . Cruzando as fronteiras do discurso educacional: novas políticas em educação. Porto Alegre: Artes Médicas Sul, 1999 GONÇALVES, Luiz Alberto Oliveira & SILVA, Petronilha B. Gonçalves e. O jogo das diferenças: Multiculturalismos e seus contextos. Belo Horizonte: Autêntica, 1998 MUNANGA, Kabengele. O preconceito racial no sistema educativo brasileiro e seu impacto noprocesso de aprendizagem do “alunado negro”. IN: Utopia e democracia na Escola Cidadã. Porto Alegre: Editora da Universidade Federal de RGS, 2000. PIERUCCI, Antônio Flavio. Vivendo o proconceito em sala de aula IN: Diferenças e preconceitos naescola alternativas teóricas e praticas. São Paulo: Summnus, 1998 Ciladas da diferença. Tempo Social, 1990. Veja ainda os links: | |||
terça-feira, 2 de agosto de 2011
Identidade, intolerância e as diferenças no espaço escolar: questões para debate
SEMINÁRIO - FENEFRA-ES
SEMINÁRIO CONVITE Reproduzir, preencher a ficha, enviar via e-mail e coletar assinaturas, para o dia 03/09. AS ENTIDADES, ORGANIZAÇÕES E INSTÂNCIAS AFROS GOVERNAMENTAIS, PARTIDÁRIAS, SINDICAIS, OS MOVIMENTOS E ENTIDADES NEGRAS DA SOCIEDADE CIVIL: RESULTADOS EFETIVOS DE POLÍTICAS IMPLEMENTADAS DE COMBATE AO RACISMO E PROMOÇÃO DA IGUALDADE RACIAL NO ESPÍRITO SANTO NAS ÚLTIMAS DÉCADAS. Dia 03 de setembro de 2011 (sábado) – 08h às 18 horas - Auditório do Andar Superior do Instituto Federal de Educação – IFES – Jucutuquara – Vitória-ES. OBJETIVO Conhecer as Estruturações, Concepções, Atuações e as Relações, entre as Estruturas Governamentais Afros (secretarias, coordenadorias, gerências, assessorias, departamentos, conselhos), as Instâncias Partidárias e Sindicais de Combate ao Racismo (secretarias de combate ao racismo, movimentos negros partidários), as Organizações Religiosas Cristãs Afros (APNs), de Vinculações Partidárias (organizações negras composta por maioria de um partido) e as Entidades Negras Autônomas e Interdependentes da Sociedade Civil, para descobrir por meio do diálogo, a forma de encarar o desafio, que é o fortalecimento do Movimento Negro Capixaba na perspectiva da construção sólida, possibilitando conquistas nas Implantações de Estruturas (secretarias, coordenadorias, núcleo e comissões de estudos afro-brasileiros, entre outras), para dar suporte nas Implementações de Ações Afirmativas e Políticas Públicas de Promoção da Igualdade Racial no Espírito Santo, como também ampliação do número de representantes em Casas de Leis e Governos Municipais nas Eleições de 2012. COMO PARTICIPAR PRAZO DE INSCRIÇÃO – 02 a 24 de agosto com direito a certificado de 20 horas. Inscrições feitas após dia 24/08 somente fornecimento de declaração. TAXA DE PARTICIPAÇÃO – GRATUITA (aceitamos colaboração financeira, para cobrir despesas do seminário) COMO E ONDE SE INSCREVER – Preencher o cupom no final do convite e enviar via pelo e-mail (fsocialnegro.es@gmail.com) dentro do prazo. CERTIFICADO ENTREGUE NO FINAL DO SEMINÁRIO – 20 horas FORNECIDO PELA ORGANIZAÇÃO DO SEMINÁRIO – Textos dos Palestrantes e outros – palestras – certificados e lanches. FORMATO – Se inscrever via e-mail - estudar textos de Amauri Pereira e outros sobre o tema – participar do seminário até o final dos trabalhos. REQUISITO – Além dos estudos dos textos, coleta de no mínimo dez (10) assinaturas do abaixo-assinados anexo e entregar até o dia 03/09 no ato do credenciamento. INFORMAÇÕES: 9995-1907. PROGRAMAÇÃO Dia 03 de setembro de 2011 (sábado) – Auditório do Andar Superior do Ifes – Jucutuquara – Vitória-ES. De 13 às 19 horas. 13 horas – Credenciamento e Entrega Abaixo-Assinados 13h30 às 14h15 – Os Desafios do Movimento Negro e Aliados para Implementações de Ações Afirmativas e Políticas Públicas de Combate ao Racismo e Desigualdade Sociorracial no Brasil República. Palestrante – Amauri Mendes Pereira – Militante do Movimento Negro, Ex-presidente do Instituto de Pesquisas das Culturas Negras – e Professor de Sociologia na Universidade Estadual da Zona Oeste – UEZO-RJ. 14h15 às 15 horas Debatedores/as Convidados/as – Representantes de Instâncias Afras Governamentais (gerências, assessorias, comissões de estudos - CEAFROs, núcleos de estudos – NEABs, conselhos de negros/as). Até 10 minutos cada exposição de Instância. 15 horas às 15h30 – Plenária Secretaria - Relator/a – 15h30 às 16h10 – Os Desafios das Organizações e Entidades do Movimento Negro do Espírito Santo e Aliados para Implementações de Ações Afirmativas e Políticas Públicas de Combate ao Racismo e Desigualdade Sociorracial. Expositores/as Convidados/as – Representantes de Instâncias Afros Sindicais e Partidárias de Combate ao Racismo, Organizações de Negros/as Com Vinculações Partidárias, de Religiosidades Cristãs e Entidades Negras da Sociedade Civil Autônomas e Interdependentes. Até 10 minutos cada exposição de Instância. 16h10 às 16h40 Debatedor - Amauri Mendes Pereira 16h40 às 17h10 – Plenária Secretaria: Relator/a: 17h10 às 17h20 - Café 17h20 às 18h ELEIÇÕES 2012 - Exposição para Organização de Campanha de Negros/as nas Eleições de 2012 com Indicativos para Estruturação de Projeto Estadual de Campanha 18 horas às 18h30 – Plenária (discernimento de dúvidas e contribuições) Secretaria: Relator/a: 18h30 às 19 horas - Encaminhamentos e Encerramento do seminário. FÓRUM ESTADUAL DE ENTIDADES NEGRAS-FENEGRA-ES / CENTRO DE ESTUDOS DA CULTURA NEGRA NO ESPÍRITO SANTO – CECUN / SECRETARIA ESTADUAL DE COMBATE AO RACISMO DO PT-ES / COORDENAÇÃO NACIONAL DE ENTIDADES NEGRAS – CONEN-ES / CENTRO NACIONAL DE RESISTÊNCIA E AFRICANIDADE AFRO BRASILEIRA-ES / BANDA DE CONGO UNIDOS DE BOA VISTA / ASSOCIAÇÃO DE DESPORTOS E CULTURAL CAPOEIRA PALMARES / ORGANIZAÇÃO DA JUVENTUDE NEGRA – NAÇÃO ZUMBI – OJAB / MOVIMENTO NEGRO ESTADUAL DO PMDB-ES Preencher e enviar para e-mail - fsocialnegro.es@gmail.com Nome: Sexo: Idade: Cor: Endereço- Nº Bairro- Cidade- Estado- Nível de Escolaridade - Formação- Área de Atuação Profissional - E-mail - Atua Está Representando Qual Entidade no seminário? PELA PROMOÇÃO DO POVO NEGRO CAPIXABA 2011 – ANO INTENACIONAL PARA PROMOÇÃO AFRODESCENDENTES - ONU 13 DE MAIO – DIA NACIONAL DE DENÚNCIA DO RACISMO EXCELENTÍSSIMO GOVERNADOR DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO RENATO CASAGRANDE Nós, abaixo-assinados/as, brasileiros/as e eleitores/as, participantes de Conferências, Encontros, Seminários, Plenárias e Reuniões de construções das demandas propositivas para a Promoção da Igualdade Racial no estado, somos solidários as históricas e justas reivindicações de Ações Afirmativas e Políticas Positivas de combate ao racismo e desigualdade sociorraciais apresentadas pelo Movimento Negro Capixaba, conforme a solicitação de audiência protocolada em palácio no dia 31 DE MARÇO DE 2011. Senhor Governador, o segmento populacional de negros (pretos e pardos) corresponde 57,15 (cinqüenta e sete por cento) do total da população do estado, que é de 3.530.234 (três milhões, quinhentos e trinta mil, duzentos e trinta e quatro) habitantes. (fonte: IBGE/PND 2007 - IJSN). Segundo pesquisas do IPEA sobre educação e rendimento econômico, embora brancos e negros tenham melhorado em renda nos últimos dez (10) anos, a desigualdade entre ambos continua inalterada por ausência de políticas públicas transversais e específicas raciais. Considerando o quadro de desigualdade provocado pelos 388 anos de trabalho escravo e 123 anos de racismo pós-abolição, vimos por meio deste abaixo - assinados pedir em curto prazo: 1- urgente audiência do Movimento Negro Capixaba com V. EXª., conforme solicitação feita no dia 31/03/2011; 2- Regulamentações e Implementações da Lei Estadual 7.723/2004 e o Plano Estadual para Promoção da Igualdade Racial no Espírito Santo; 3- criação de uma Secretaria ou Coordenadoria para Promoção da Igualdade Racial, para efetuações de implementações de políticas transversais de recortes raciais, como também especificas positivas nas diversas Secretarias de Governo; 4- Regulamentação e Implementação do Plano das Diretrizes Curriculares sobre Educação e Ensino das Relações Étnicorraciais – Lei 10.639/2003 nas Redes de Ensino no Espírito Santo; 5- Recortes Raciais de 50% (cinqüenta por cento), para negros/as nos sistemas de cotas sociais já adotados pela UFES e IFES. Vitória, ES, 13 de maio de 2011. ASSINATURA MUNICÍPIO Nº CART. IDENTIDADE ABAIXO-ASSINADOS PARA O GOVERNADOR CASAGRANDE ASSINATURA MUNICÍPIO Nº CART. IDENTIDADE |
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