Plano de ação
Título: O Brasil e o mito da democracia racial.
Identificação do/a cursista:
Nome: Gracielli P. Defante Pacheco
Órgão em que trabalha: E.M.E.F “Catharina Giovanini Faber”
Cargo:Professora
Função:Professora
Município: Mimoso do Sul
Número da turma: GPP __1_
Nome do/a professor/a on-line: Denise Vasconcelos
Data de finalização: 02 / 12 / 2011
Objetivo da ação:
- Desenvolver questões que mostrem a questão do mito da democracia racial no Brasil.
- Selecionar fatos do cotidiano que demonstrem o racismo na sociedade brasileira.
- Estudar a construção do estereótipo sobre o negro no Brasil.
- Trabalhar com fragmentos do livro Casa Grande e Senzala de Gilberto Freire.
Justificativa
No Brasil, a história de seus conflitos e problemas envolveu bem mais do que a formação de classes sociais distintas por sua condição material. Nas origens da sociedade colonial, o nosso país ficou marcado pela questão do racismo e especificamente, pela exclusão dos negros. Mas que uma simples herança de nosso passado essa problemática racial toca o nosso dia a dia de diferentes formas.
Em nossa cultura poderíamos enumerar o vasto número de piadas e termos que mostram como a distinção racial é algo corrente em nosso cotidiano, a escravidão africana instituída no Brasil, mesmo sendo justificada por preceitos de ordem religiosa, perpetuou uma idéia corrente onde as tarefas braçais e subalternas são de responsabilidades do negro. O branco civilizado tinha o papel de liderar e conduzir as ações a serem desenvolvidas. Em outras palavras, uns nasceram para o mando ( branco ), outros ( negros ) para a obediência.
Entretanto, em nossas discussões proferimos ao mesmo tempo horror ao racismo e admitimos publicamente que o Brasil é um país racista. Tal contradição indica que nosso racismo é velado, e nem por isso pulsante. Queremos ter um discurso sobre o negro, mas não a urgência de algum tipo de mobilização a favor da situação do negro.
Descrição da ação:
- Trabalhar com a questão da democracia racial nas escolas com alunos das 7ª e 8ª séries das escolas municipais de Mimoso do Sul.
- Palestras sobre a realidade racial no Brasil, onde o racismo e o preconceito ainda fazem parte das relações sociais no Brasil.
- Pesquisa sobre piadas, anedotas e expressões utilizadas diariamente, que retratem ou reproduzam situações racistas.
- Estudar a lei sobre racismo no Brasil e suas implicações.
- Trabalhar com fragmentos do livro Casa Grande e Senzala, de Gilberto Freire, de que a escravidão no Brasil foi suave e amena e que os negros eram dóceis e passivos. Mas de que maneira um regime de escravidão pode ser bom e harmonioso?
Segundo Clóvis Moura, Gilberto Freyre caracterizou a escravidão no Brasil como composta de senhores maleáveis e escravos conformados. O mito do bom senhor de Freyre é uma tentativa no sentido de interpretar as contradições do escravismo como episódio natural, algo extremamente condenável, porém, que resultou na construção de uma identidade racial notável.
Cronograma
Para planejamento:
7 dias – pesquisa em diversas fontes para desenvolvimento do conteúdo.
7 dias – preparação de slides e estudo para elaboração das palestra/aulas
Para execução:
10 dias – trabalho em sala com os alunos, explicitação do conteúdo, atividades e debate.
População beneficiada
Alunos das 7ª e 8ª séries das escolas municipais de Mimoso do Sul, visto que a maioria é afro descendente. A apresentação destes conteúdos é importante para o conhecimento e entendimento a respeito da construção da identidade do negro na sociedade brasileira.
Bibliografia
COMAS,J. os mitos raciais. Raça e ciência I, São Paulo, perspectiva, UNESCO,1960.
FERNANDES Florestan. A integração do negro na sociedade de classes. São Paulo. Ática, 1978.
WWW.wikpédia.com – mito da igualdade racial.