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quinta-feira, 31 de maio de 2012

'Marcha das Vadias' reúne centenas de pessoas nas ruas de Vitória, ES

Passeata saiu da Ufes e foi até a Praia do Canto.
Movimento é contra todas as formas de violência à mulher.
Do G1 ES com informações da TV Gazeta

Marcha das Vadias, um protesto contra a violêcia sexual, acontece pela primeira vez no estado (Foto: Reprodução/TV Gazeta)

Marcha das vadias no Espírito Santo reúne mais de
100 pessoas contra violência sexual (Foto: Reprodução/TV Gazeta)




Mais de 100 pessoas se reuníram na tarde deste sábado (26), em frente ao Teatro da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), em Vitória, para a primeira edição da "Marcha das Vadias" no estado. A passeata é um protesto contra as várias formas de violência à mulher. O encontro foi marcado por meio das redes sociais e atraiu, principalmente, jovens, entre mulheres e homens. A intenção dos organizadores ainda é fazer um vídeo documentário sobre a manifestação.
A marcha partiu da Universidade às 16h40 e seguiu pela Rua da Lama, no Bairro Jardim da Penha e seguirá até a Praça dos Namorados, passando pelo bairro Praia do Canto. “A intenção da passeata por bairro de classe média alta é chamar a atenção da sociedade para a causa”, explicou a estudante Luara Ramos.
Uma das organizadoras do protesto, Ana Lucia Rezende, expôs que a marcha é contra a violência sexual contra as mulheres. “Viemos às ruas para questionar essa cultura machista da sociedade, que educa o homem para ser violento e a mulher para 'se dar ao respeito', mas os homens que têm que nos respeitar. Queremos ser livres”, disse.

Mulher simula agressão física com maquiagem em protesto
contra a violência doméstica da mulher (Foto: Reprodução/TV Gazeta)
Marcha histórica



Esse movimento acontece em várias partes do Brasil neste 26 de maio, mas já é uma ação mundial. Começou quando um professor, no Canadá, durante uma palestra, disse que as mulheres sofriam estupro por causa da maneira como se vestiam. Essa afirmação gerou uma polêmica no mundo inteiro, sendo o que motivou a marcha e a maneira como as mulheres, e até alguns homens, se vestem na passeata: muitas vezes sem roupa e com o corpo pintada, em sinal de protesto.




Postado por: Briscia Rosa Cacemiro, Poliana da Silva Botelho e Irene Cristina




O CONSELHO REGIONAL DE SERVIÇO SOCIAL PUBLICOU

Comentário: A marcha constitui-se como movimento pelo fim da violência de gênero e da culpabilização das vítimas de violência sexual, ato importantíssimo no Estado ao lembrarmo-nos que o ES é o Estado onde mais se matam mulheres no país. Que esta marcha seja também considerada símbolo da fortificação da luta dos movimentos sociais de gênero e raça.
Vale ressaltar que “A Marcha das Vadias, também conhecida internacionalmente como Slutwalk, foi criada no Canadá após um representante da polícia ter declarado em uma palestra sobre segurança numa universidade que as mulheres deveriam evitar se vestir como vadias para não serem vítimas de estupro.
Diante dessa declaração machista, as estudantes decidiram protestar, criando um movimento organizado pela internet, que começou com um protesto em Toronto e se espalhou por várias cidades do mundo, como Los Angeles, Chicago, Edmonton, Estocolmo, Amsterdã, Edimburgo e muitas outras.
No Brasil, a primeira aconteceu em São Paulo, depois em Recife, Belo Horizonte e Brasília. A iniciativa continua se espalhando pelo Brasil. No dia 26 de maio deste ano, mulheres de todo o mundo estão na rua manifestando pelo direito a igualdade entre os sexos, em especial à luta pelos direitos sexuais e reprodutivos.

Entendemos que é inaceitável a sociedade dizer "mulher, cuidado para não ser estuprada" em vez de "homem, não estupre", mas ouvimos isso toda hora. Exatamente para combater essa cultura que responsabiliza a vítima feminina pela agressão, surgiu esse protesto pelo direito das mulheres de se vestir, andar e agir de forma livre.

"Marchamos porque desde muito novas somos ensinadas a sentir culpa e vergonha pela expressão de nossa sexualidade e a temer que homens invadam nossos corpos sem o nosso consentimento. Marchamos porque muitas de nós somos responsabilizadas pela possibilidade de sermos estupradas, quando são os homens que deveriam ser ensinados a não estuprar. Marchamos porque mulheres lésbicas de vários países sofrem o chamado “estupro corretivo” por parte de homens que se acham no direito de puní-las para corrigir o que consideram desvio sexual. Marchamos porque ontem um pai abusou sexualmente de uma filha, porque hoje um marido violentou a esposa. Marchamos para dizer que não aceitaremos palavras e ações utilizadas para nos agredir enquanto mulheres. Se, na nossa sociedade machista, algumas são consideradas vadias, TODAS NÓS SOMOS VADIAS. E somos todas santas, e somos todas fortes, e marcharemos até que todas sejamos livres!"
Fonte: página do Conselho Regional de Serviço Social do ES- 17ªRegião apud página da marcha no Facebook


POSTADO POR: BRISCIA ROSA CACEMIRO


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